Companheiros
Venho trazer a vocês vocês o trecho de uma matéria escrita pelo Sr Jorge Page, Presidente Associação da Bancada Militar - ABM e publicada no informativo da associação e que é bastante esclarecedora. Em termos de números eu não sabia que a PF era tão organizada assim... vejam:
“Todas as vezes que escutamos reclamações referentes aos baixos salários dos militares das Forças Armadas, faz-se comparação com os altos salários do pessoal da Polícia Federal. De acordo com o jornal O GLOBO de 01/09/2007, um Agente da PF percebe bruto R$ 10.241,21 e o Delegado R$ 16.600,00, mas existe diferença anos-luz entre as classes: a PF está inserida no cenário político. Com um contingente de 17.200 homens entre ativos e inativos, distribuídos nos estados da federação , conseguiu, já algum tempo, eleger um corpo de parlamentares composto de 1 Senador e 7 Deputados Federais e dezenas de Deputados Estaduais, que influenciam os Deputados Federais de seus estados, nos respectivos partidos políticos; e ocupam cargos de secretário de segurança em 8 estados dos 27 da federação. São unidos e articuladores. A cúpula e as bases estão próximas, discutem juntos suas aspirações e anseios e os candidatos representantes das classe são escolhidos em consenso. Não existem egos, vaidades, auto-afirmação; pelo contrário, são coesos e corporativistas, existem liderança e unidade. No período eleitoral todos arregimentam votos na família, com amigos e vizinhos para os candidatos da classe. E se os candidatos não correspondem, são substituídos no pleito seguinte. Aguardem, futuramente o Ministro da Defesa será um Delegado da Polícia Federal.
O contingente dos militares das Forças Armadas é 22 vezes maior que o da Polícia Federal. Pela lógica estatística seríamos uma bancada militar de: (1x22) 22 Senadores e (7x22) 154 Deputados Federais. Todavia, só temos um representante da classe no parlamento. Não podemos reclamar de ganhar pouco, que a carreira dos praças é ruim, que os nossos hospitais estão falidos, que somos humilhados pelos reacionários que estão no poder. Temos que admitir que somos medíocres na forma de pensar, pois o oficial não vota no praça e vice-versa, e, pior ainda, militar não vota em militar. Os nossos votos não têm bandeira. Precisamos organizar uma bancada de parlamentares para defender os direitos da classe!....”
(Fonte: Informativo Bancada Militar, edição 5 e 6, de 01 de outubro de 2007, e disponível no site http://www.bancadamilitar.com.br).
Diante do exposto, é impressionante que a PF, com um contingente ínfimo, tenha tantos representantes políticos e nós militares só o Bolsonaro. Temos que ter em mente que as FFAA, desde que o Brasil é Brasil, sempre esteve envolvida na política nacional, quer seja governando, quer seja assessorando e principalmente, quer seja defendendo a pátria. Por que agora estamos tão afastados assim dos interesses nacionais? Desde o fim do governo militar a idéia dos terroristas que assumiram o poder é justamente afastar os militares da política através de restrições dos mesmos ao último plano dentro da importância das instituições nacionais, criando uma constituição que iniba o militar a se filiar a partidos políticos e a se manifestar abertamente sobre política seja dentro ou fora dos quartéis. Temos que mudar isso. Temos que agora tomar atitudes para possibilitar o retorno dos integrantes das FFAA ao plano político e assim não só fazer valer os nossos direitos, mas também moralizar este país que já anda tão desacreditado com sua classe política. E para terminar, o lema para estas eleições é : MILITAR VOTA EM MILITAR. FAMÍLIA E AMIGOS, TAMBÉM.