José Ricardo Moderno: Soberania ultrajada
Presidente da Academia Brasileira de Filosofia
Rio - O Governo Federal é uma ameaça à soberania do Brasil. Em primeiro lugar em razão da assinatura da ‘Declaração da ONU dos Direitos dos Povos Indígenas’ em setembro de 2007. Nela aceitamos a existência de povos e nações indígenas com autodeterminação e autogoverno, com terras e territórios sem a presença das Forças Armadas. Com isso, o imperialismo pode entrar legalmente negociando diretamente com os índios o solo e o subsolo. Collor começou com a Reserva Yanomami. Agora temos a Reserva Raposa Serra do Sol. Arrozeiros viraram criminosos.
A malícia imperialista está associada à corrupção federal. As reservas indígenas ficam justamente nas regiões mais ricas do mundo em urânio, nióbio – ambos formam a base da energia nuclear – ouro, diamantes e muitos outros minerais. Roraima é objeto da maior devastação de um Estado da Federação, inviabilizado em 90 % do território estadual. A autonomia do Estado de Roraima foi devastada pela serra elétrica do neocolonialismo, que está mantendo uma reserva riquíssima para o futuro. É uma queima da Constituição Federal. Uma fogueira queimando o Estado de Direito.
Em segundo lugar, o avanço da Revolução Comunista Bolivariana com um projeto totalitário para a América Latina através da unificação da terra, da moeda, das Forças Armadas, da economia e demais áreas. Unificação do tráfico de drogas liderado pelas FARC e Venezuela, sob o comando de Hugo Chávez. Em fase adiantada, a Revolução Bolivariana criou uma rede latino-americana de Círculos Bolivarianos – no Rio de Janeiro chamam-se Círculos Bolivarianos Leonel Brizola –, base sobre a qual Chávez foi eleito na Venezuela. Fernandinho Beira-Mar é membro da cúpula das Farc.